Criada em 2009, a lei do MEI compreende o conjunto de normas que visam formalizar os microempreendedores individuais, que são aqueles que possuem pequenos empreendimentos. Essa legislação é uma importante iniciativa para a garantia de direitos, mas que requer atenção para toda a burocracia que traz. Com formulários a serem preenchidos e taxas a serem pagas para a manutenção do cadastro como microempreendedor individual, muitas pessoas passaram do informal ao ilegal, por desconhecimento e também falta de habilidade com a nova tecnologia.
Dez anos depois, em 2019, levando em consideração essas questões e as novas necessidades que foram surgindo, é criado o Escritório de Atendimento ao Empreendedor (EAE). Essa startup acadêmica surge através do Departamento de Empreendedorismo e Gestão da UFF, no campus Valonguinho, a partir do professor Dr. Gabriel Marcuzzo e da professora Drª. Sandra Regina, compondo a equipe junto a alunos da graduação em Processos Gerenciais da UFF, selecionados como bolsistas do projeto.
Como pano de fundo para a implementação do escritório, os MEIs já eram objeto de estudo dos professores, que buscavam entender como funcionava essa questão ao redor do mundo. A partir dessas perspectiva, observam a existência em diversas universidades estrangeiras de centros de empreendimento, que funcionam como balcões de atendimento de apoio ao MEI.
Levando em conta essas observações e as necessidades locais, a iniciativa visa o estabelecimento de uma interface entre a universidade e a sociedade, através de atendimentos presenciais e digitais aos microempreendedores individuais que tenham dúvidas a respeito do processo de formalização de seu cadastro e outras questões relacionadas ao MEI, funcionando como um ambiente para a troca de saberes.
Durante o funcionamento do EAE, a equipe de alunos bolsistas do escritório desenvolveu o Ajuda MEI, uma plataforma digital para dar continuidade ao que foi iniciado no EAE e servir como uma rede de acolhimento online a essas questões dos MEIs, se fazendo presente nas principais redes sociais (Instagram e Facebook) e no próprio site, com conteúdos educacionais inovadores e de alta qualidade.
Para além do trabalho feito no EAE, o Ajuda MEI se torna um serviço digital imprescindível, levando em consideração os 9 milhões de MEIs cadastrados no país até 2019, com tendência a impactar socialmente muitas pessoas e alcançar todo o Brasil, indo muito além dos muros da universidade para levar autonomia aos microempreendedores individuais.
A experiência de tecnologia social “Escritório de Atendimento ao Empreendedor (EAE)” faz parte do Catálogo de Tecnologias Sociais de 2019, que você pode ler na íntegra aqui. E para conhecer mais sobre o trabalho que temos desenvolvido na Coordenação de Inovação e Tecnologias Sociais, acesse aqui.