
O racismo e as desigualdades raciais são temas, infelizmente, ainda recorrentes na sociedade. Com isso, é preciso estabelecer mecanismos de controle, intervenção e apoio à população negra. Pensando nisso, em 2016 é instituído o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas, da Cidade Universitária de Macaé, o NEABI. É a partir das atividades desse núcleo que surge a experiência de tecnologia social “Construindo redes solidárias de combate às desigualdades raciais e ao racismo”.
Sob a coordenação geral da professora Rute Ramos da Silva Costa, do Departamento de Nutrição de Macaé, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do professor Jorge Luís Rodrigues dos Santos, da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC/RJ), com participação da UFF através de Daniel Arruda Nascimento, do Departamento de Direito de Macaé, nasce a experiência, a partir da articulação de ensino, pesquisa, ações de extensão e atividades extras realizadas nas áreas de diversidade étnico-racial, valorização de memória cultural e promoção da igualdade racial.
A ideia surge a partir da necessidade de articulação de um grupo interdisciplinar e intersetorial de professores, estudantes e sociedade, em busca do desenvolvimento de massa crítica para criar e sustentar uma rede de combate às desigualdades raciais e ao racismo, valorizando o protagonismo dos atores negros locais e suas diversas atuações, buscando fortalecer uma ponte de solidária e de suporte para a valorização da cultura afro-brasileira.
Em suas atividades, estão a realização de ações culturais em espaços públicos, incluindo rodas de capoeira, jongo, exposição de fotos e rodas de conversa; a exibição de documentários e promoção de debates e atividades teatrais em escolas da rede pública local; incentivo na Câmara de Vereadores de Macaé para a criação da comissão da verdade sobre a escravidão de Macaé; e a realização de cursos abordando a temática, com a participação de lideranças negras de diversas instituições e associações.
Esse grande conjunto de atividades busca a construção de uma rede a longo prazo, para criar futuros melhores para as gerações que vivem agora e para as outras que virão, em busca da emancipação da população negra da região. A realização das ações, das conversas e trocas de vivências entre os atores pode servir como aproximação de experiências e maior união para a luta contra as desigualdades e o racismo através da conscientização da sociedade, até que leve a uma transformação social.
A experiência de tecnologia social “Construindo redes solidárias de combate às desigualdades raciais e ao racismo” faz parte do Catálogo de Tecnologias Sociais de 2019, que você pode ler na íntegra aqui. E para conhecer mais sobre o trabalho que temos desenvolvido na Coordenação de Inovação e Tecnologias Sociais, acesse aqui.