Incubadora Tecnológica da UFRJ desenvolve projeto de renda com catadores de materiais recicláveis

jul 5, 2023Tecnologia Social

Segundo uma publicação no site do Movimento Recicla Sampa, de acordo com o levantamento do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), existem, no Brasil, cerca de 800 mil pessoas trabalhando como catadores de lixo reciclável. O mesmo site infere que um quarto das cidades brasileiras não tem coleta seletiva, dado apresentado na última edição do Panorama dos Resíduos Sólidos, publicado em 2022 pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos (Abrelpe). Conforme o documento, 4.145 municípios apresentam uma iniciativa de coleta seletiva, porém, em grande parte a prestação de serviço é insuficiente, enquanto em 1.400 municípios não há política pública que incentive a atividade.

É com base nesse cenário que a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolve um projeto com os catadores de materiais recicláveis do estado. Ele foi finalista, em 2015, do Prêmio Transforma!, da Fundação Banco do Brasil. Nomeado como “Estratégias De Inclusão Produtiva E Sustentável De Empreendimentos De Catadores”, ele foi finalista, em 2015, do Prêmio Transforma!, da Fundação Banco do Brasil – clique aqui para acessar a página do projeto. A ideia central da proposta consiste em  retirar o maior número possível de pessoas da condição de extrema pobreza, sobretudo as que, para garantir sua sobrevivência, convivem com péssimas condições de trabalho no manuseio e na coleta do lixo.

Como um exemplo de Tecnologia Social, o projeto é desenvolvido nas áreas social, econômica e tecnológica, tendo como base a capacitação do indivíduo e a assessoria do empreendimento. Logo, estimula-se tanto o conhecimento teórico, do ambiente acadêmico, quanto o prático, das atividades do cotidiano. Seus objetivos pautam-se por: capacitação da equipe; articulação institucional; capacitação e incubação dos grupos; assistências técnicas aos empreendimentos formalizados e em atuação; assistências técnicas aos grupos recém-formados; oficinas para resgate de autoestima; e oficinas de inclusão, meio ambiente e sustentabilidade. Assim, ele é dividido em três etapas: a primeira limita-se à seleção, contratação e capacitação da equipe; a segunda corresponde à aplicação de oficinas para resgate da autoestima do indivíduo e articulação institucional, formação dos grupos e seleção das cooperativas; enquanto a terceira abrange a assistência técnica aos empreendimentos e aos novos grupos formados.

De acordo com o site da Fundação Banco do Brasil, os resultados do trabalho abrangem a capacitação de 400 catadores, a assessoria técnica voltada a 25 empreendimentos e 100 encaminhamentos para a retirada de CPF e outros documentos de identificação dos catadores.

Para saber mais, clique aqui.

Fonte: Fundação Banco do Brasil, Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, Movimento Recicla Sampa e Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos.

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